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a Cidade Submersa
OLAVO ROMANO
OLAVO ROMANO
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Feitas as escolhas, negociações e depurações possíveis, era hora de enfrentar a mudança do cemitério. Como tudo o que aconteceu desde o começo, houve muita discussão e controvérsia. Primeiro, para saber se, no meio de tanta perda, levavam (ou não) os despojos de seus mortos. Pedro Baiano, barranqueiro do São Francisco, fugira da inundação de Pilão Arcado na construção da barragem de Sobradinho. E contou que lá resolveram consultar os mais velhos, pedir a eles conselho de sabedoria. E a sentença deles valeu para todas as cidades afundadas, como usavam dizer (Sobradinho, Sento Sé, Casa Nova…): “Vamos deixar nossos mortos em paz debaixo d’água.”. Trecho do conto A cidade submersa
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