A Condição Humana Na Experiência Grega

PEREIRA, VICENTE DE BRITTO
LETRAMENTO EDITORA

149,90

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“Penso que com esta belíssima visão de um homem universal com seu pensamento voltado para as coisas superiores, derivada de sua busca de um controle de suas experiências que se constituiu para Eurípides em uma forma de tábula rasa, consegui cumprir com o objetivo de situar a obra do grande poeta trágico no contexto geral das condições objetivas e de pensamento vigentes naquela Atenas. Porém aqui, é chegada a hora de descolarmos Eurípides da realidade ateniense com todas suas consequências e efeitos em suas tragédias, com as profundas transformações políticas, sociais e econômicas do estado, com as revoluções sociais ocorridas nas famílias e nos oikos, e, de uma forma geral com as intensas discussões que ocorriam na época em Atenas, mediante os seus vários atores, poetas, sofistas, filósofos, particularmente com relação as especulações sobre o homem e os deuses, bem como sobre a verdade, a justiça e a igualdade, temas que independente de suas origens tiveram uma acolhida especial por ele em sua criação. Pode-se em princípio afirmar que o caminho do poeta, dramaturgo e pensador era bem mais árduo devido a especificidade do seu veículo, a tragédia teatral, com suas tradições e princípios firmemente estabelecidas por Ésquilo, onde os heróis representavam coletividades, no âmbito de um contexto religioso e político da polis, complementadas por Sófocles com seu rígido código de valores arcaicos de bravura e honra, que os leva a única saída possível que é a morte, princípios estes bem conhecidos que os atenienses esperavam ver em cena sempre que possível quando frequentavam o teatro de Dioniso nas escarpas da Acrópole.”
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