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Amarás Meu Nariz Brilhante
KNIGHT, DANIEL E MOREAU, FILIPE
LARANJA ORIGINAL
50,00
Estoque: 27
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Qual é o castigo correto para quem insiste em não se divertir? Por que cor de muro gera alguns debates e cor de pessoa gera outros, completamente distintos? Caso, séculos atrás, o romantismo tivesse escolhido raiva, não paixão, como sentimento mais nobre, portanto mais invejável, como seriam hoje as novelas de TV e os filmes de super-herói? Quantos tipos de amor são proibidos e quem os proibiu? O que a Bíblia diz a respeito? Se Jesus tivesse filhos, morrer na cruz seria irresponsabilidade ou aumentaria o valor do sacrifício? Fantasma pega congestionamento de trânsito? Quantas guerras contra a família precisamos vencer antes de nos considerarem adultos? Quantas precisamos perder? Se Aquiles fosse mulher, o resultado da Guerra de Troia mudaria? E se Helena fosse homem, o pretexto para a Guerra de Troia se sustentaria? O que esse papo todo tem a ver comigo? Se dinheiro não traz felicidade, quem há de trazer? Por que a literatura brasileira parece quase tudo, menos o Brasil? Essas e outras questões vêm à tona em Amarás meu nariz brilhante, segundo romance de estreia do Sr. Daniel Knight, que se recusa a parar de estrear. Acompanharemos Isis, uma tradutora que se define mais pelos fatos do que por sua percepção deles, ao longo do dia da morte da mãe, Rebeca, que se revelou ateia décadas antes, em uma São Paulo entregue a suas duas maiores religiões de matriz cristã, esfrangalhando a estrutura familiar. Diante da impossibilidade de superação do rancor nutrido pela mãe ao longo de anos, resta a Isis apenas adaptar sua identidade à ausência do ser odiado.Duvido que o Sr. Knight ainda acredite que alguém perca tempo de tela e de amnésia perscrutando razões e desrrazões do comportamento e do idioma. Para ter escrito um livro deste, de rock dodecafônico, só pode ter arranjado problemas enormes, dos quais precisou se distrair à custa de leitores imaginários; ninguém se preocupa tanto com estilo se não para fugir de si mesmo. Seja como for, o livro, ao contrário de Deus, existe: vitória, se não for pequena, nunca é justa.Lucífero Passarini
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