Companion Heidegger


EDITORA IDEIAS E LETRAS

165,00

Sem Encomenda

Essa tradução da segunda edição veio da leitura dos ensaios dos relativamente novos acadêmicos que trabalham com [a obra de] Heidegger. A primeira adição é a de Taylor Carman, “O princípio da fenomenologia”, um estudo detalhado e informativo a respeito da relação de Heidegger com o fundador da fenomenologia, Edmund Husserl. O capítulo de Carman ajuda a entender a compreensão de Heidegger sobre o método fenomenológico, ao mesmo tempo que mostra como tal compreensão difere da concepção original de Husserl. Ao longo dos anos, tornou-se cada vez mais evidente que avaliar o papel e a força da fenomenologia é uma das tarefas cruciais para aqueles que querem fazer da perspectiva heideggeriana parte de sua própria perspectiva. “Fundamentando a metafísica: a apropriação de Kant por Heidegger”, de William Blattner, traz um acréscimo muito necessário ao volume original. Embora Heidegger tenha se baseado em muitas fontes para compor Ser e tempo, a mais marcante e filosoficamente interessante parece ser Kant. Com grande cuidado e precisão, Blattner examina o raciocínio encontrado nas preleções de 1927/1928 de Heidegger em Marburgo, Interpretações fenomenológicas da “Crítica da Razão Pura” de Kant, ministradas no mesmo período em que Ser e tempo apareceu e pouco antes da publicação mais conhecida, porém notoriamente difícil, Kant e o problema da metafísica.1 A história frequentemente contada é a de Heidegger, desconfortavelmente instalado entre os neokantianos de Marburgo, tentando “superá-los” ao interpretar a primeira Crítica pelas lentes de sua “ontologia fundamental” fenomenológica. Dado seu sólido domínio de Kant e Heidegger, Blattner é capaz de mostrar os acertos e as insuficiências da tentativa heideggeriana de curta duração de se apropriar de Kant. Com essa interpretação do kantianismo de Heidegger, podemos obter uma melhor compreensão do vocabulário kantiano e dos movimentos feitos em Ser e tempo, bem como um entendimento da veemente rejeição de tudo o que é “transcendental” na autocrítica de Heidegger em sua posterior obra Contribuições à filosofia (do acontecimento-apropriador).2 Dentre suas outras valiosas contribuições, Blattner nos dá uma pista de por que o “tempo” parecer sair de sua posição privilegiada nos escritos posteriores a Ser e tempo.
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