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Hipnotismo
MEDEIROS E ALBUQUERQUE
FARIA E SILVA EDITORA
97,00
Estoque: 10
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Prefácio à revelia Os leitores desavisados dariam mais valor às palavras de médicos e estudiosos sobre o assunto em que a presente obra se debruça, do que à singeleza de um olhar menos viciado, e nem por isso menos vaidoso, com o entusiasmo argumentativo de um diletante e que, mesmo apresentado certas incoerências, torna sempre o conhecimento mais claro aos leigos. Este livro se propõe a ser um panorama do hipnotismo até as primeiras décadas do século XX. Mas se torna também um belo libelo em sua defesa. Medeiros e Albuquerque nos apresenta os principais nomes, sejam eles defensores ou detratores (estes últimos sempre compelidos pela pena do entusiástico autor de defesa), um pouco das principais técnicas, benefícios, orientações éticas e normativas da hipnose. Este trabalho está sob a responsabilidade de um escritor ficcional de renome, um dos patronos da Academia Brasileira de Letras, que numa leveza estilística conquista a atenção do leitor pela agradabilidade e agilidade da leitura, bem como pela clareza de suas explicações. Vale somente destacar as passagens datadas e deterministas de uma psicanálise, grande usuária do mesmo princípio de sugestão que a hipnose, ainda em seus estertores; mas mesmo passagens datadas, tratadas de forma loquaz e pouco realista para os dias de hoje, são curiosas e valem a pena serem lidas e analisadas de forma distanciada e contextualizada. Não entendemos como preconceito simplificações conceituais às quais, no mundo contemporâneo, foram incorporadas um milhão de outros fatores, tornando-as obsoletas, tais como aquelas presentes nos comentários finais sobre a obesidade, sobre a histeria e maior sugestionabilidade das mulheres, ou ainda sobre a homossexualidade como uma neurose. Mas como, nem de longe, trata-se do tema principal do presente livro, tais trechos foram mantidos na presente edição, dessa forma cópia integral – inclusive com alguns de seus erros tipográficos e estruturais – da sétima edição, publicada em 1959. A revisão deste livro se permitiu deixar alguns traços ortográficos e estilísticos do português da época, bem como marcas editoriais, tais como textos em francês sem notas com suas respectivas traduções, aos interessados não francófonos restam os dicionários.
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