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A noite da borboleta dourada
ALI, TARIQ
RECORD
74,90
Esgotado
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Um dos mais talentosos contadores de histórias e crítico das mazelas políticas de se país natal, o paquistanês Tariq Ali mescla reflexão e cultura, segredos e teorias da conspiração, para construir o último volume de seu quinteto sobre o islã. Iniciada com Sombras da romãzeira, a série de intrincados romances históricos traça um panorama épico do universo muçulmano: dos mouros na Espanha, passando pelo Império Otomano e, ainda, os cartógrafos medievais em Palermo.Os cinco livros consumiram quase 20 anos da vida de Tariq, um dos intelectuais mais atuantes contra o imperialismo norte-americano, autor, também, de livros polêmicos como Confronto de fundamentalismos e Bush na Babilônia. Escritor, cineasta e um dos editores da New Left Review, o paquistanês é referência nos debates sobre os rumos da globalização e política internacional. Em A noite da borboleta da dourada, ele mais uma vez lança mão de sua habilidade para transgredir, de forma sutil, figuras e instituições tradicionais do Paquistão.Logo no início do romance, o narrador é lembrado de uma dívida de honra. O credor é Mohammed Aflatun, conhecido como Plato. Um irascível, mas talentoso pintor, que vive num Paquistão onde a dignidade humana é artigo escasso. Depois de anos evitando os holofotes, Plato quer que sua trajetória de vida seja contada. Assim, somos apresentados à Alice Stepford, sua amiga londrina, agora uma crítica musical radicada em Nova York; à senhora Latif, dona de casa de Islamabad, cuja predileção por generais a leva até Paris; e à Jindie, a borboleta, seu primeiro amor.Tariq revela fragmentos do islã contemporâneo, o cotidiano dos paquistaneses, tudo isso entremeado à vida da família de Jindie — um de seus antepassados, Dù Wènxiú liderou uma rebelião muçulmana no século XIX e governou a região por quase uma década como sultão Suleiman. Suas ações despóticas servem de espelho para a situação atual do país. A noite da borboleta da dourada é uma história de radicalismo secular que ajuda na compreensão das crises contemporâneas. O fecho perfeito para uma das mais belas séries da literatura atual.
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