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Inimigo Judeu - Propaganda Nazista Durante a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto
HERF, JEFFREY
EDIPRO
82,00
Fora de Catálogo
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Vencedor do National Jewish Book Award (2006) na categoria Holocausto. A experiência política do nazismo na Alemanha representou a face mais nefasta do fenômeno identitário ao conceber – com bases étnicas e raciais – um padrão ideal e fechado de povo alemão. Padrão este que não permitia a inclusão ou a simples (co)existência daqueles indivíduos considerados diferentes, e fora dos padrões raciais nazistas, no seio da sociedade alemã do Terceiro Reich (1933-1945). Dessa forma, um dos fundamentos da ideologia nazista foi a nítida contraposição entre aqueles que faziam parte da Volksgemeinschaft (Comunidade do Povo) e aqueles considerados como o “Outro”, que, por meio de uma ação violenta e agressiva do regime nazista, deveriam não apenas ser combatidos, mas excluídos socialmente e eliminados fisicamente da comunidade nacional. O nazismo tinha como um de seus princípios fundamentais a missão de “embelezar” o mundo, que, em tempos anteriores, havia sido resplandecente em beleza. Na ótica nazista, a miscigenação e a degeneração o teriam transformado em ruínas, e só com o retorno aos velhos ideais a sociedade poderia florescer novamente. Para isso, o regime nazista desenvolveu um imenso aparato propagandista, ideológico e repressivo tanto para doutrinar e enquadrar os membros da Comunidade do Povo quanto para discriminar aqueles que não se encaixavam no modelo ideal de alemão concebido pela ideologia nazista. Nesse sentido, Inimigo Judeu é tanto uma contribuição bem-vinda à discussão historiográfica sobre a propaganda nazista e seus métodos quanto um livro sui generis. Por que o antissemitismo europeu, especialmente o alemão, que até então nunca havia levado a uma tentativa de assassinar todos os judeus da Europa, tentou fazê-lo entre 1941 e 1945, em meio à Segunda Guerra Mundial? O que mudou para que o antissemitismo se tornasse um método de assassinato em massa em vez de apenas uma continuação dos padrões de perseguição que já existiam há tantos séculos? A resposta reside naquilo que Hitler e seus principais propagandistas e ideólogos tinham a dizer sobre a “questão judaica” no meio da guerra e do Holocausto e em suas tentativas de modelar a narrativa dos eventos por meio da propaganda na imprensa controlada. É de surpreender que, considerada a extensa literatura sobre o assunto, Inimigo Judeu seja o único livro a examinar em profundidade a paranoia antissemita presente no modo como os Nazistas relatavam a guerra mundial.
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