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Imagens de Paris nos Trópicos
PASTURA, ANGELA F. PERRICONE
VERMELHO MARINHO
50,00
Sob encomenda 13 dias
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A presença da cultura francesa foi marcante no mundo inteiro durante muito tempo. Bens simbólicos e materiais da França chegavam aos quatro cantos do planeta, trazendo consigo as marcas de um eurocentrismo que se julgava universal. No Brasil, essa cultura floresceu a partir do século XIX e implantou-se, de maneira dominante, durante mais de cem anos, até começar a perder a hegemonia para a cultura norte-americana. Foi, entretanto, na virada do século, que as marcas francesas se fizeram mais evidentes, provocando a inserção compulsória do Brasil na Belle Époque. Naquele momento, o Rio de Janeiro, a Capital Federal, moderniza-se, sob o signo do cosmopolitismo parisiense, que mal se adapta a uma cidade ainda de feição colonial. O Rio, então, imita Paris, a Cidade-Espelho. Nesse processo de modernização, aqui autoritário e excludente, é que João do Rio, um dos intelectuais mais identificados com a cultura europeia e, em especial, com a francesa, produz sua prolífica obra. Por este viés, este trabalho quer captar as imagens de Paris nos trópicos, privilegiando a crônica desse repórter-flâneur. Copiando Paris, descreve ele o Rio de Janeiro, não só para mostrar o lado chic das camadas aburguesadas, mas também para dramatizar os aspectos da miséria que as reformas modernizadoras tentavam esconder.
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